RESUMO
Objetivo: Verificar a frequência e fatores associados à hipertensão arterial sistêmica (HAS) em adultos acompanhados por uma Unidade de Saúde da Família (USF) no município de Jequié, Bahia, Brasil. Métodos: O delineamento foi transversal em amostra de 101 adultos ≥ 18 anos, cadastrados e distribuídos proporcionalmente entre as sete microáreas da USF, sendo 75 (74,0%) do sexo feminino. Com HAS foram considerados aqueles que referiram pressão sanguínea elevada e/ou faziam uso de medicamentos para controle da HAS. Calculou-se a frequência de HAS no total e por variáveis associadas (grupo etário, sexo, ocupação, escolaridade, número de refeições diárias, tabagismo, consumo de álcool, nível de atividade física habitual (NAFH) e índice de massa corporal (IMC)). Resultados: A frequência de HAS foi de 28,7%, sendo mais prevalente nos grupos etários mais velhos [40-59 anos (OR = 5,00) e > 59 anos (OR = 16,03) p < 0,001], nos indivíduos sem ocupação profissional (OR = 2,80 p = 0,023), que fazem menos de três refeições diárias (OR = 3,79 p = 0,012), e com NAFH indesejável (OR = 2,62 p = 0,030). Também foi observado um maior percentual de indivíduos com HAS no grupo com sobrepeso, com a diferença apresentando-se limítrofe (p = 0,052). Conclusão: Os resultados deste estudo mostraram que, na amostra estudada, a HAS foi bastante frequente e se associou as variáveis grupo etário, ocupação, número de refeições diárias e NAFH, além disso, foi observada forte tendência de associação com IMC.